terça-feira, 8 de dezembro de 2009

... e o que eu lhe tentei dizer...


... foi o que tu me ensinaste em tempos... que nós, os seres humanos, em especial os mais sentimentais, temos por hábito confundir as coisas, os sentimentos, temos a mania de nos agarrar a ideias, que por vezes não são mais do que sonhos cor-de-rosa que construímos... e construímos depois toda a nossa vida em redor dessas ideias, desses sonhos, colamo-nos a eles, viciamo-nos neles, deixamos de ser só nós para passarmos a ser eles, deles, perdendo toda a nossa identidade, tudo aquilo que nos distingue dos outros e nos torna especiais*... ficamos totalmente dependentes e tão forte é a habituação que se cria, que qualquer ideia de desintoxicação nos assusta sobremaneira, pois a dor será certa e profunda... mas "o que dói cura" e talvez só a dor cure... e se faz doer, não, não pode ser amor - amor de verdade só traz coisas boas... e não a dor!!!

*[essa é outra coisa que não consigo entender... o facto de a paixão subjugar as pessoas, numa tentativa quase sempre esgotante de agradar, numa daquelas "boas intenções" que nos faz viver num inferno, o inferno, que queima energias e faz arder ingloriamente tudo o que se possa estar próximo do que é a felicidade... e faz doer também... quando é certo e sabido, numa análise assim a cru e a frio, que, em qualquer relação, a parte menos interessada é que detém sempre o poder!...]

1 comentário:

Biscoita disse...

Nunca te disse isto, mas desde Dezembro que guardo este post nos favoritos do internet explorer, com o título de "Para guardar na mente".
:)

Beijinho,
Filipa.