Hoje sinto-me...

... that I can't go on

I know not what to do...

Se...

o povo diz que "quem canta seus males espanta"... e até os cristãos têm como ditado que "cantar é rezar duas vezes"...

então, oh deus, quando me devolves de novo a minha voz?... e nem te peço muito, peço-ta fraquinha, limitada e tal como ela era... é que eu sei bem quanto incomodo quem me rodeia, sempre com la-ra-la-ras... e que talvez por isso mesmo mereça um castiguinho... mas um castigo de tantos dias não pode ser inho... e eu preciso mesmo é de me entreter de alguma maneira, de me alhear necessariamente das "depressões que me animam" e me rodeiam...

Contradições... (ou nem por isso!) XXXV

e quando ontem à noite me deitei, tranquila, até um pouco feliz, porque pela primeira vez em muitos dias o fazia livre de dores e febres, nada previa que a noite, que se suponha no mínimo de sonho, se transformaria no mais real pesadelo, pois constantemente me auto-acordei com a minha própria tosse... o que ainda agravou mais as minhas cordas vocais e me fez soltar mil vezes um "quero a minha mãe"... em pensamentos, claro!!!

o único consolo é que hoje é sábado!... HAPPY SATURDAY!!! ... só espero, logo, sentir-me melhor do que um trapo enxovalhado... que é como me sinto agora!!!

Hoje sinto-me...

... que nem me sinto!

of course "I try not to talk too loud"... pois se nem consigo respirar com as dores na garganta, quanto mais to answer or to argue... ou falar que seja... sem parecer o Olavo Bilac (o cantor, claro, que o poeta nunca o ouvi... nem irei a tempo de o ouvir... nem ele falaria comigo... suponho!)

Palavras Citadas XX

A noite caiu sem manchas e sem culpa.
Os homens largaram as máscaras de bons actores.
Findou o espectáculo.
Tudo o mais é arrabalde.

No alto, a utópica Lua vela comigo
E sonha coalhar de branco as sombras do mundo.
Um palhaço, a seu lado, sopra no ventre dos búzios.
Noite! Se o espectáculo findou
Deixa-nos também dormir.

Fernando Namora

Feliz Aniversário!

"Amigo é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
...
Amigo é a solidão derrotada!"

Alexandre O'Neill (No Reino da Dinamarca)

... que a minha prenda para ti, seja provocar-te sempre sorrisos lindos como esse*... se bem que a maior presenteada seja eu!

*[-Estamos tão bem as três!!!]

Ou cansada...

ou doente...

... ou vice-versa!

Hoje sinto-me...

... a stranger in this town!

in this world...

in this life...

in this head...

in this mess...

Quantas vezes já vos aconteceu...

andarem o dia todo com uma canção na cabeça (na melhor das hipóteses...) ou mesmo a fazer vibrar as cordas vocais (sujeitando-se a um "já te calavas com isso, não?")? Se forem como eu, suponho que muitas... muitas vezes!
E a música de hoje deixou na boca um sabor delicioso, agridoce, com sabores de menininha , mas travo a gente crescida:



I'm a fool
Out of love
'Cause I just can't get enough

I'm just a little bit caught in the middle
Life is a maze and love is a riddle
I don't know where to go I can't do it alone I've tried
And I don't know why

I'm just a little girl lost in the moment
I'm so scared but I don't show it
I can't figure it out
It's bringing me down I know
I've got to let it go
And just enjoy the show

há momentos...

em que a opção é "não escrever"... consciente de que o que saísse seria maculado de negatividades... o que poderia desalinhar os chakras deste meu espacinho...

[... mas amanhã já é sexta, é dia de ir, nem que seja para estar lá só um bocadinho, encontrar refúgio nos ombros dos amigos, aqueles de verdade, que confortam e animam, que sabem que todos precisamos que nos passem a mão no pêlo, que não precisamos que nos espanquem a auto-estima, que não pensam que a amizade se alimenta por sonda, que estão sempre lá, à nossa espera!...]

Contradições... (ou nem por isso!) XXXIV

À minha volta, tal é o estado de depressão, ou cansaço, ou (até temo alvitrar outra coisa que...) sei-lá-eu-o-quê... que quando alguém ri, canta, está de bom-humor, logo alguém pergunta:

- Mas que raio é que ela tem?
... que é como quem diz, "que razões tem aquela anormal para estar bem-disposta?" e, pensando bem, sim, que razões haverá? mas que razões não haverá também?...

Contradições... (ou nem por isso!) XXXIII

António Variações... já aqui disse o que que penso dele, da sua música, o que ele representa para mim... simplesmente... ADORO!!!...



E esta é uma daquelas que canto (cantarolo... vá!) desde pirralha... daquelas que fui percebendo com o tempo, ao meu tempo... e não são raras as vezes em que ouço (em que se ouve...) alguém dizer

"Quando a cabeça não tem juízo... O corpo é que paga!"

É natural... se há letra de canção que marca é a desta; não há dia em que não me lembre... curiosamente, não destas orações... eu (confesso) é mais

"Deixó pagar, deixó pagar... Se tu estás a gostar!"

ou

"Deixó sofrer, deixó sofrer... Se isso te dá prazer!"

ou

"Deixó gritar, deixó gritar... Se te estás a libertar!"

;)

pensando bem...

sobre que poderia eu escrever aqui pelo teu aniversário?...

sobre o teu - excelente - trabalho?!...

... quando, pensando bem, sobre trabalho, já basta leres o que te enviei ontem de madrugada...

sobre o facto de seres escorpião - e a minha tendência auto-maligna para me rodear de seres da tua espécie ;) ?!...

... quando, pensando bem, sei que ligas tanto a isso como aos bolos de arroz da Natércia [já aqui referidos]...

sobre a pessoa que és - no sentido do ir sendo - ou sobre a pessoa que és - enquanto o meu Amigo ?!...

... quando, pensando bem, que posso eu dizer-te, que já não te tenha dito, ou que não possa dizer-to, a duas salas de distância, ou no prédio ao lado?...

digo-te apenas...

PARABÉNS!...

... e espero que saibas que, parabens ou paramales, eu estou e estarei aqui... aqui mesmo!

[ainda estás acordado?]

Felicidade... III

... é trocar o barulho horrível, como só o de um despertador... pelo chilrear de passarinhos...

... nem que seja só por um dia...
... como o de hoje...
... que só podia ter sido muito feliz!!!

Hoje sinto-me...

... em paz...

... porque, se não podemos escolher os nossos sonhos, nem sequer podemos prever quando acordaremos dos pesadelos, so...

Why worry, there should be laughter after the pain

There should be sunshine after rain

These things have always been the same

So why worry now

supersticiosa...

eu???...

Na penúltima sexta-feira treze, em Fevereiro, um senhor, bem simpático mas totalmente descontrolado, chocou comigo e desfez-me a parte esquerda da frente do meu carro... com o carro dele, claro!...

Na última, Março, lograram-se os planos de um fim-de-semana que teria tudo para ser fantástico, não fosse a constipação que se apoderou de mim, me derrubou completamente e me fez passar dias rodeada de lenços de papel totalmente ranhosos, rebuçadinhos para a garganta e coisas que tal...

Hoje de manhã (era uma vez...) lá me levantei, a muito custo, como de costume, o que não me fez estranhar o facto de não conseguir abrir bem os olhos... nem o duche me fazia erguer as pálpebras... pudera, com a infecção que tinha no olho direito e me deixava completamente-meio-cega... mas mesmo depois de ter passado pelo espelho para entrar na banheira, passar por ele de novo quando de lá saí, debruçar-me debaixo dele para lavar os dentes... só reparei quando não conseguia ver o que estava a vestir...

[pois que poderia muito bem começar para a aqui a desabafar a dificuldade que tenho em encarar o meu reflexo pela manhã - e, vá, pelo resto do dia também - mas não me vou pôr para aqui a tirar conclusões sobre o que julgo serem níveis saudáveis de auto-estima... isso são outras contas!]
Então... azar? acordar totalmente desfigurada? não! azar é tentar descobrir uma farmácia de serviço quando nunca se é capaz de decorar o nome de uma rua... azar é percorrer ruas de uma cidade dormitório a acordar... azar é tentar dialogar com um farmacêutico que, provavelmente, passou a noite em claro - com toda a disposição que isso deve descompor - e tentar convencê-lo que não moro com nenhum gato, que não passei a noite a ler ou no computador, que não moro num sítio repleto de pulgas e outros insectos, que não tinha tempo para ir hoje ao médico, que estava com pressa e não me apetecia ficar a saber as previsões meteorológicas que vaticinava para o fim-de-semana, que não podia fazer-lhe companhia até termos a certeza que a pomada daria bons resultados... enfim!...

Supersticiosa?
Bem tento não ser...

[ah... já desinchou!]

pequenas delícias...

Foi tão fácil
Deixar-me perder
Sem sinais
No teu céu
Pois eu já não encontro
O caminho

Eu não sei mais
Como hei-de voar
Esquecer
Livrar o pensar
Se és tão frágil
Neste mundo

Continuo a deixar-me perder
Sem sinais
No teu céu
Pois eu já não encontro
O caminho

... que se encontram quando (raramente...) se troca a "rádio CD" por uma outra estação!...

Só mesmo a mim... V

Se um desconhecido se acerca dela e diz, garante, jura a pés juntos, que está apaixonado por ela... ela só pensa que ele é, com toda a certeza, doido varrido!

E se ele continua o discurso, dizendo - entre expressões como "vestido bonito" e "pele de fada" - que só não a tinha abordado antes, porque ... até tem medo, pois julga que ela terá apenas, para aí, "sei lá", uns dezoito anitos... bem, então, nesse caso, quem se apaixona é ela! lolololol

Sabe-se que se atingiu o limite...

... quando, durante várias vezes ao dia, se pensa seriamente, em contratar alguém que nos substitua, no nosso local de trabalho, para fazer o nosso trabalho, no nosso lugar, em vez de nós... só para se ficar mais um bocadinho na cama, só para se ter um bocadinho de tempo para... viver!!!

Discurso Directo XVII

adulta

- Se os teus pais tivessem cinco euros para te comprar uma prenda e te perguntassem se não te importavas de usar esse dinheiro para, em vez da prenda, ajudares alguém que precisasse do dinheiro para comer, ou se vestir... que decidias?

R. (8 anos)

- Eu ajudava quem estivesse a precisar...

adulta

- A sério? E não te importavas de ficar sem a prenda?... de certeza?

R. (8 anos)

- Mesmo a sério!...

adulta (regozijando-se, enternecendo-se, elogiando mentalmente o que supõe ser solidariedade em potencial...)

- E porquê? (como quem pergunta "E porquê, riqueza do meu coração, coisinha mais linda, mais fofa, mais querida?)

R. (8 anos)

- Ora, com cinco euros?... Que prenda de porcaria é que se comprava?... Cinco euros não dão para nada... ... ...

[e com o aproximar-se da época natalícia, a verdadeira silly season a meu ver, são preciosidades como a inocente-generosidade-infantil que me comovem...]

o livro facial

e não há dia em que não me perguntem se tenho, porque se "até o não sei quem já tem"... o tal do facebook... e eu confesso que até há bem pouco tempo nem sequer sabia o que era... lá ia pedindo que me elucidassem e acabei por descobrir que tenho amigos que assam frangos, que apanham melões, que criam porcos... isto, os mais cosmopolitas, que os outros andam a brincar aos cowboys e aos índios, aos tiros e em cavalgadas...
e se quem me pergunta pertence àquele grupo de pessoas que até me vai conhecendo, é pois natural que eu fique a olhar com aquela cara de parva, que eu faço sempre que me fazem perguntas parvas, a cara que eu ainda gostava de ver, houvesse possibilidade de instalar espelhos que gravitassem por sobre as nossas cabeças... pois vós, amigos meus, não sofreis ainda dos males advindos do caos que nos rodeia, não andais a bater com a cabeça nas paredes, a carregar toneladas de trabalho às costas, a fazer listinhas de tarefas que não têm fim???... eu não entendo, não entendo mesmo, mas se calhar a falta de entendimento é uma das características que aparecem aliadas à total incapacidade de gerir tempos inexistentes e empreitadas entregues já com prazos caducados...

[ainda por cima jogos, sim, que eu tenho cá um jeito... e os meus actuais níveis de auto-estima não me permitem desenvolver actividades para as quais a minha predisposição natural não me inclina... que ganhar não é para todos!...]

Hoje sinto-me...

... à toa!

Então agora o que é que eu faço

Com o meu sonho inacabado

Vou deixá-lo ou abandoná-lo

Ao meu imaginário

pois, pois...

chove, está vento, faz frio... mas eu estive uma semana à espera dele... por isso...

BOM FIM-DE-SEMANA!!!

Hoje sinto-me...

... longe da realidade!

Em ti há qualquer coisa que me anima,
Em ti há qualquer coisa que me transcende
Que me queima as palavras,
que não rima.
Em ti, há qualquer coisa que me prende.

É qualquer coisa imensa que vem de cima
E desce sobre mim,
Quase me ofende,
Meus sentidos domina e desanima,
Mas a minha vontade não se rende.

A vontade é de ferro no meu peito,
Mais feroz que a ânsia da saudade,
Mais pura do que o olhar com que te enfeito,
Mais pura do que a força da verdade.

E se a minha vontade me seduz é
Maior do que o orgulho e que a verdade,
Só ela é que me acalma e te reduz,
Só ela me transporta à realidade.

OqueStrada

porque há ossos do ofício nada duros de roer...

e, sobretudo, porque sei que lá, "para além do arco-íris", haverá uma Dorothy, que me ajudará a ser valente, a ter um coração ... e disso consciência!

Contradições... (ou nem por isso!) XXXII

não compro a camisola doutra cor só porque não há na cor que eu queria... não como outro bolo qualquer só porque a natércia se esqueceu (outra vez!!!) de fazer bolos de arroz... não me envolvo com alguém só porque tenho medo de perder a sua amizade, medo da solidão, medo de ficar cada vez mais longe dessa viragem que foram os trinta... não falho, simplesmente porque não me comprometo...



e depois não se entende, não se consegue perceber, que afinal até nem gostava tanto assim da camisola, que passo bem sem o meu insubstituível bolo de arroz, que me sinto sozinha... e constantemente em dívida...

o barulho das luzes...

Aproximo-me do semáforo… ou será ele que se aproxima de mim? Amarelo… detesto… a espera, o tédio, o dúbio… o meu primeiro reflexo é acelerar furiosamente, correr aquele bocadinho, ver o círculo amarelo, alaranjado, ficar maior, entrar-me pelos olhos dentro, imediatamente antes de deixar de o ver, antes de ver o poste do semáforo pelo retrovisor…

Foi só um impulso… esperei, ali mesmo ao lado do poste… e aqui, neste impasse, ainda pensei deixar a primeira engatada, o pé no acelerador, olhos fixos, não no vermelho que me faz olhá-lo e lembrar-me que nada posso e a tudo me obrigo, isso não quero eu ver… olho o verde, o apagado, o descolorado, o inócuo, o nada, o que ainda não é…

Mas não, foi breve o pensamento, do tamanho da buzinadela que me acorda, do entorpecimento em que caí, quando desengatei, travei e me deixei ficar à espera, assim, sem fazer nada, sem pensar nada, a pensar em tudo, a circular em turbilhão, pelas encruzilhadas, nos entroncamentos, duma cabeça em rotundas…

Hoje sinto-me...

... just like crying... but not doing it!

engraçado...

saber que a maioria das pessoas que conheço está, neste momento, a ver na televisão o mesmo que eu... saber que amanhã irei falar sobre o que estou a ver agora... engraçado pensar que a vida nos traz tão pouco de novo... engraçado... ou nem por isso!

Ninguém...

ninguém consegue fazer-nos sentir pior... do que nós próprios!

e não há quem entendamos pior... do que a nós próprios!