sábado, 16 de janeiro de 2010

o meu nome...


gosto tanto de o ouvir pronunciar... não sei se foi sempre assim... mas ultimamente tenho reparado nisso...

[com certeza que o odiava, como julgo que isso aconteceu com praticamente todas as pessoas - à excepção da minha mãe, mas com ela a história é outra* - ao ponto de, ainda na primária, ter tentado saber de tudo o que fosse legalmente possível para o alterar por outro... que outro? não sei... mas outro qualquer!]

penso que os corropios, tédios, desinteresses, aborrecimentos que constantemente nos assolam, pouco mais nos permitem do que iniciar os discursos com a forma verbal... mas gosto de ouvir o meu nome ser pronunciado pelas pessoas de quem gosto... adoro ouvi-lo no diminutivo, dito por uma criança "S...inha?" e de olhar para os olhos de quem quer que me chame e verificar que brilham tanto, quanto a sombra deixada no ar pelo carinho inflectido no chamamento... por mim!...

*se eu escrevesse todos os posts me passam pela cabeça à conta da minha mãe, já viveria com os dedos colados ao teclado... interessante é pouco para a definir, mas de repente não me lembro de outro adjectivo mais abrangente...
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Quem é que me escolheu o nome?, perguntava eu naquela fase crítica de homicídio ao amor próprio...
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Não sei bem, foi alguém que se lembrou, dizia ela...
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E vocês gostaram logo?
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Sim, já havia algumas no bairro (corriqueiro, no mínimo...), mas tanto fazia... não é?
e dito assim, por uma pessoas com os níveis de auto-estima mais saudáveis que conheço - com consciência de que se é nosso é para nós gostarmos, só por ser nosso - sim, tanto fazia...

2 comentários:

Carolina disse...

Beijinho S :D

Anónimo disse...

"Angelina da Anunciação"... com esta pérola de inspiração maternal é deverias ter rastejado pela adolescência. Que isto não é um nome... é uma cruz!