domingo, 30 de agosto de 2009

Two lovers...


... ou a eterna dualidade, a desgastante luta interior entre razão e emoção, entre o que se deve e o que se quer, entre conformar-se e viver de verdade... luta incessante, permanente que nos faz rodopiar vezes sem conta, ofuscando os outros com as mudanças sucessivas, em que alternamos o nosso lado negro com o luminoso, em que mostramos uma capacidade bipolar, sendo-o ou não...

e nesta dança dos humores e atitudes, nunca se sabe que parte de nós será a protagonista; no caso do filme, a vencedora foi a razão, se bem que não o foi "por mérito próprio" (citando a minha comentadora cinéfila preferida :), que hoje se aguentou um filme inteirinho sem adormecer ;P)... foi-o porque a emoção fraquejou e não é raro isso acontecer, porque há uma altura na vida de todos nós, em que, mal refeitos da desilusão anterior, ficamos sem coragem para criar uma nova ilusão, por mais sedutora que ela se nos queira apresentar...

1 comentário:

Anónimo disse...

Não nos podemos distanciar tanto de tudo, nem arranjar carapaças de tartaruga; no primeiro caso, poderá não haver pontes que consigam superar a distância e, a oportunidade de passar para o outro lado esfuma-se no "nevoeiro", no segundo caso,embore se trate de uma carapaça, ela apenas nos poderá proteger o lado de fora o que não evita a "corrosão" interior e, esta sim, é a que verdadeiramente nos elimina a capacidade de sonhar...
"M"