Há coisas que não mudam...

não mudam mesmo, não mudam nunca... e ainda bem! estar de volta à barra da saia da mãe, nem que seja por um par de dias, tem aquele travo tão doce que nos faz reflectir se merecemos ser assim tão amados... e toda a gente sabe como o amor pode ser asfixiante... é que nem ter ultrapassado a faixa dos trinta me livrou de ouvir "o quê? vais tomar café agora? depois das onze? e porque é que não sabes a que horas chegas?"... e sabendo-me chegada já depois do galo ter cantado, ouvindo-me tossir, entra-me quarto dentro com leite a ferver com mel e limão, algo que abomino desde que me lembro de existir... preocupação ou castigo?

e haverá coisa melhor do que ser-se amada de verdade? é talvez até melhor do que viver sem despertador ;)