Hoje sinto-me...

... uma mariposa!

Sou a mariposa bela e airosa,

que pinta o mundo de cor de rosa,

eu sou um delírio do amor.

Sei que a chuva grossa que entope a fossa,

que o amor é curto e deixa mossa,

mas quero voar por favor!

ele gravou-me o novo álbum... mais uma oferta linda vinda do mesmo lado... hoje é assim que me sinto... mas a música do álbum que não me sai da cabeça, nem me larga a voz, é outra...

se nunca dançaste kizomba...

... como é que sabes que não gostas?

Hoje sinto-me...

... aquém...

de ti
e sobretudo de mim
donde estou
e sobretudo do que sou
do que quis
e sobretudo do que o sonho me diz

Que belo dia...

... escolhido por eles, para nos dizerem de que vamos ficar mais pobres...
era para nos apanhar ocupados, distraídos, de bom ou de mau humor?!?!

O que será pior do que um Papa, que se faz transportar como ninguém, se veste de ouro e se calça de marca...

... e enche a boca e abre as penas para falar de virtudes ou valores como a castidade, generosidade ou humildade?!

Pior do que isso... só mesmo a televisão portuguesa!!!

ou será antes um governo que agora até nos quer retirar o subsídio de Natal, ou parte dele?!?!? ai, é tão difícil decidir!!!

Só para os que dizem que sou anti-encarnado...

fiquem a saber que eu até estava disposta a festejar pelo Braga!...

... porque o que eu queria mesmo era uma festa azul...

Assim

pouco a pouco

escolhi

O presente silêncio

Silêncio

tão pouco querido

oh, derradeiro momento

Silêncio

Momento

Silêncio

... em silêncio!

a calar o que não senti

a esconder o que não vivi

a pensar no que escondi

Hoje sinto-me...

... desiludida!

afinal parece que não...

parece que eu sou mais serenidade e inquietação... "és a pessoa mais serena que conheço e a mais inquieta também... e nunca vais deixar de ser inquieta..." dizia-me ele, o meu mais recente amigo de infância...
e talvez nunca deixe de ser inquieta... mesmo...

"riso e esquecimento"

diz ela que são os termos que a melhor definem... e eu concordo... e não consigo deixar de me achar cada vez mais como ela...
riso, para esconder as dores, as perdas, tantas, tão profundas...
esquecimento, tão a sério, capaz de apagar nomes, lugares, tudo o que faça doer... capaz de fazer olhar para as coisas do lugar do espectador e não de cima do palco...
sim, cada vez mais parecida, cada vez mais igual... que a professora soube sê-lo em plenitude e aprendi bem... que se pode ter equilíbrio sobre todas as carências, compreensão sobre todas as contrariedades...

também eu um dia gostava que alguém pudesse sentir por mim, todo o orgulho e admiraçao que eu sinto pela minha Mãe!